Da Lei de Murphy aplicada às Pessoas
Há duas dúvidas que assolam o meu espírito de quando em quando. Ambas se prendem com a minha tendência para vícios.
Como é que eu, [nome withheld para assegurar o meu estar físico], academicamente brilhante desde tenra idade, bilingue, com algum talento para as artes e um interesse meticuloso em tudo o que tenha minimamente a ver com conhecimento, e com um porte físico algo esbelto, características estas que fariam de mim uma Mulher relativamente interessante, consegui:
1) ficar viciada em nicotina;
2) apaixonar-me e não parar de pensar num gajo cujo objectivo de vida era ter um restaurante, mesmo depois de ele me mandar dar uma volta.
peço perdão pela possível descriminação intelectual presente neste post, mas desculpem lá, esta teve mesmo que ser.
terça-feira, 25 de março de 2008
segunda-feira, 10 de março de 2008
Inconveniente nº 21
O Songa Monga Mosca Morta
Como todas sabem existem vários filos no subtipo Ex.
Temos o Ex ex, que sabe que as coisas acabaram e porque acabaram e vai a sua vida, desse só temos noticias quando um amigo nos diz que ele engordou 10 Kg casou, e agora vive num T2 em massamá com a mulher e crianças.
O Ex amigo colorido que de vez em quando encontramos num bar, e que depois de uns copos acaba a aquecer-nos os pés.
O Ex família, aquele que a tua mãe queria para genro, que continua a telefonar nos aniversários do pai, da irmã, do cão, do gato e do periquito, que ainda envia presentes no natal, que de vez em quando vai lá a casa almoçar, e que tem o sonho secreto de voltar a fazer parte do agregado.
O Ex i hate you, que não te quer ver nem pintada, e tu até sabes porque.
O Ex amigo, porque no fundo nunca devia ter sido mais do que isso.
E etc, etc, etc...
Mas eu queira mesmo falar era do Ex com tremenda dor de corno, o mesmo do post abaixo, o que quer sentir-se vingado, o que quer esfregar a namorada na tua cara, o que precisa mais do que de respirar, de sentir que te faz confusão isso, o que não quer saber se estás desempregada, se tens uma entrevista amanhã, se te morreu a tartaruga, o que ele quer mesmo é vingança, sangue, e as tantas dás por ti a perguntar, porque raio andei eu a perder dias preciosos da minha vida, horas do meu sono de beleza por causa deste tipo, mas vá, que seja feliz, paz para a sua alma!
Como todas sabem existem vários filos no subtipo Ex.
Temos o Ex ex, que sabe que as coisas acabaram e porque acabaram e vai a sua vida, desse só temos noticias quando um amigo nos diz que ele engordou 10 Kg casou, e agora vive num T2 em massamá com a mulher e crianças.
O Ex amigo colorido que de vez em quando encontramos num bar, e que depois de uns copos acaba a aquecer-nos os pés.
O Ex família, aquele que a tua mãe queria para genro, que continua a telefonar nos aniversários do pai, da irmã, do cão, do gato e do periquito, que ainda envia presentes no natal, que de vez em quando vai lá a casa almoçar, e que tem o sonho secreto de voltar a fazer parte do agregado.
O Ex i hate you, que não te quer ver nem pintada, e tu até sabes porque.
O Ex amigo, porque no fundo nunca devia ter sido mais do que isso.
E etc, etc, etc...
Mas eu queira mesmo falar era do Ex com tremenda dor de corno, o mesmo do post abaixo, o que quer sentir-se vingado, o que quer esfregar a namorada na tua cara, o que precisa mais do que de respirar, de sentir que te faz confusão isso, o que não quer saber se estás desempregada, se tens uma entrevista amanhã, se te morreu a tartaruga, o que ele quer mesmo é vingança, sangue, e as tantas dás por ti a perguntar, porque raio andei eu a perder dias preciosos da minha vida, horas do meu sono de beleza por causa deste tipo, mas vá, que seja feliz, paz para a sua alma!
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Inconveniente nº 20
Dos Pretextos e Revivalismos
Após uma larga ausência devido à falta de motivos para criticar, estou de volta para tratar de mais um cliché das nossas vidas amorosas.
Este caso em particular refere-se a um acontecimento recorrente. Quando existem situações pendentes entre duas pessoas, uma delas arranja sempre maneira de tentar criar uma forma de contacto com a outra, mas faz todos os possíveis para disfarçar a situação. A desculpa pode ser qualquer uma, desde os livros emprestados que não foram devolvidos a umas fotografias que não servem para nada, mas que por alguma razão transcendente vieram à memória (esta tem um duplo sentido: é um assalto da onda revivalista de recordar o passado, em todos os sentidos). Seguidamente, segue-se uma conversa em que ambos tentam exaltar a sua situação pessoal (particularmente a profissional e a amorosa), até à altura em que um deles começa a dizer que não quer conversa, que afinal as coisas não estão assim tão resolvidas e ainda não há condições para uma relação amigável, e aí começa-se a entrar no caminho lamacento do "What Went Wrong". Por fim, o utilizador do pretexto lá acaba por confessar que de facto, não está assim tão feliz, afinal a tal namorada nova até é maravilhosa mas é só no papel (ou na janela do messenger), e até gostava de recordar o passado. Obviamente que isto nunca é expressado desta forma: surge sempre por engano, disfarçado por artifícios do estilo "desculpa, fiz de propósito" e outros tipo "mas eu só vim pedir-te as minhas coisas, porque é que estás a implicar comigo e a ver coisas onde elas não existem" (tipicamente masculina, mas se os homens são desapegados, qual é a justificação divina para quererem saber das tais fotos e dos tais livros?)
Ainda de louvar é o timing deste tipo de situações: é sempre antes daquela reunião importante, quando estamos a meio de redigir qualquer coisa com deadline no dia a seguir, na véspera de um exame.. parece uma espécie de conjecturação astral para nos impedir de focar a nossa concentração naquilo que realmente interessa e nos tirar o sono.
Meus queridos leitores: o que há a concluir aqui, é que não somos só nós, as mulheres, que não esquecemos: os homens conseguem ser ainda piores a esquecer. Simplesmente, disfarçam melhor. Porque afinal de contas, um homem não chora... à frente dos outros.
Após uma larga ausência devido à falta de motivos para criticar, estou de volta para tratar de mais um cliché das nossas vidas amorosas.
Este caso em particular refere-se a um acontecimento recorrente. Quando existem situações pendentes entre duas pessoas, uma delas arranja sempre maneira de tentar criar uma forma de contacto com a outra, mas faz todos os possíveis para disfarçar a situação. A desculpa pode ser qualquer uma, desde os livros emprestados que não foram devolvidos a umas fotografias que não servem para nada, mas que por alguma razão transcendente vieram à memória (esta tem um duplo sentido: é um assalto da onda revivalista de recordar o passado, em todos os sentidos). Seguidamente, segue-se uma conversa em que ambos tentam exaltar a sua situação pessoal (particularmente a profissional e a amorosa), até à altura em que um deles começa a dizer que não quer conversa, que afinal as coisas não estão assim tão resolvidas e ainda não há condições para uma relação amigável, e aí começa-se a entrar no caminho lamacento do "What Went Wrong". Por fim, o utilizador do pretexto lá acaba por confessar que de facto, não está assim tão feliz, afinal a tal namorada nova até é maravilhosa mas é só no papel (ou na janela do messenger), e até gostava de recordar o passado. Obviamente que isto nunca é expressado desta forma: surge sempre por engano, disfarçado por artifícios do estilo "desculpa, fiz de propósito" e outros tipo "mas eu só vim pedir-te as minhas coisas, porque é que estás a implicar comigo e a ver coisas onde elas não existem" (tipicamente masculina, mas se os homens são desapegados, qual é a justificação divina para quererem saber das tais fotos e dos tais livros?)
Ainda de louvar é o timing deste tipo de situações: é sempre antes daquela reunião importante, quando estamos a meio de redigir qualquer coisa com deadline no dia a seguir, na véspera de um exame.. parece uma espécie de conjecturação astral para nos impedir de focar a nossa concentração naquilo que realmente interessa e nos tirar o sono.
Meus queridos leitores: o que há a concluir aqui, é que não somos só nós, as mulheres, que não esquecemos: os homens conseguem ser ainda piores a esquecer. Simplesmente, disfarçam melhor. Porque afinal de contas, um homem não chora... à frente dos outros.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
inconveniente nº 19
A minha verdade inconveniente
Há, é um facto, existem pela blogosfera (muito me envergonha usar esse termo) centenas de blogs de gajas, uns feitos por elas e para elas apenas com direito a tabuleta “aqui não entram meninos” como naquela BD da qual não me lembro do nome, e outros para todos, recuso-me a acreditar em blogs de engate, mas que los hay los hay.
Temos os blogs a escorrer amor pelo template; os blogs cheios de glamour, dicas de maquilhagem e afins, blogs feitos por pessoas que sabem sempre como parecer e que não se enganam na hora de escrever manolo blahnik (eu cá tive de ir ao google); há também os blogs de gajas desesperadas, que se dividem normalmente em duas categorias, as que não conseguem arranjar gajo e, as que estão completa e totalmente fartas deles, e por ultimo o meu género favorito, os blogs de gajas que usam um parzinho postiço de tomates sendo assim mais homem que muito homem, ou seja, gajas que não acreditam no amor, gajas que nunca se magoam, gajas que só querem ver os meninos pelas costas depois da queca da noite anterior, gajas que sabem imitar na perfeição os tiques masculinos clássicos do "one night stand". Questões, é mesmo verdade? é natural? acontece mesmo? ou será que de se repetirem tantas vezes o mesmo, em frente ao espelho, passam a acreditar? E como será quando a euforia passa? Quando a casa está mesmo vazia e não têm de fingir para ninguém?
e tudo para chegar aqui.
Vá, crucifiquem-me, tenho mesmo muita pena, mas ainda acredito nas pessoas, acredito no amor, nos sms lamechas, na dor de cotovelo quando atiramos o isco e vem sem peixe, acredito que sofrer aos bocadinhos ainda vale a pena mesmo que o resultado seja nulo, "que se foda" acredito, mesmo quando não estou apaixonada. E não tenho vergonha de o dizer mesmo num blog supostamente cínico.
A minha mãe disse-me, e escolhi de vez em quando crer no que ela me diz, “ainda te vais apaixonar muitas vezes”.
Há, é um facto, existem pela blogosfera (muito me envergonha usar esse termo) centenas de blogs de gajas, uns feitos por elas e para elas apenas com direito a tabuleta “aqui não entram meninos” como naquela BD da qual não me lembro do nome, e outros para todos, recuso-me a acreditar em blogs de engate, mas que los hay los hay.
Temos os blogs a escorrer amor pelo template; os blogs cheios de glamour, dicas de maquilhagem e afins, blogs feitos por pessoas que sabem sempre como parecer e que não se enganam na hora de escrever manolo blahnik (eu cá tive de ir ao google); há também os blogs de gajas desesperadas, que se dividem normalmente em duas categorias, as que não conseguem arranjar gajo e, as que estão completa e totalmente fartas deles, e por ultimo o meu género favorito, os blogs de gajas que usam um parzinho postiço de tomates sendo assim mais homem que muito homem, ou seja, gajas que não acreditam no amor, gajas que nunca se magoam, gajas que só querem ver os meninos pelas costas depois da queca da noite anterior, gajas que sabem imitar na perfeição os tiques masculinos clássicos do "one night stand". Questões, é mesmo verdade? é natural? acontece mesmo? ou será que de se repetirem tantas vezes o mesmo, em frente ao espelho, passam a acreditar? E como será quando a euforia passa? Quando a casa está mesmo vazia e não têm de fingir para ninguém?
e tudo para chegar aqui.
Vá, crucifiquem-me, tenho mesmo muita pena, mas ainda acredito nas pessoas, acredito no amor, nos sms lamechas, na dor de cotovelo quando atiramos o isco e vem sem peixe, acredito que sofrer aos bocadinhos ainda vale a pena mesmo que o resultado seja nulo, "que se foda" acredito, mesmo quando não estou apaixonada. E não tenho vergonha de o dizer mesmo num blog supostamente cínico.
A minha mãe disse-me, e escolhi de vez em quando crer no que ela me diz, “ainda te vais apaixonar muitas vezes”.
Agora já podem rir!
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Inconveniente nº 18
Dos gajos/ Ironia do destino
Há sempre os que conhecemos na altura certa, mas que acabam por se revelar a pessoa errada e há os que aparecem demasiado cedo ou demasiado tarde.
It's meeting the man of my dreams
And then meeting his beautiful wife
And isn't it ironic... don't you think
A little too ironic... and yeah I really do think...
Há sempre os que conhecemos na altura certa, mas que acabam por se revelar a pessoa errada e há os que aparecem demasiado cedo ou demasiado tarde.
It's meeting the man of my dreams
And then meeting his beautiful wife
And isn't it ironic... don't you think
A little too ironic... and yeah I really do think...
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
inconveniente nº 17
Ainda há gente que acredita no "e viveram felizes para sempre" gente que se casa todos os dias, gente que faz juras de amor eterno, de fidelidade mutua.
Ok, ignorância é felicidade, podem crer no que quiserem, eu já vi esse filme, podia fazer um resumo dos próximos capítulos, mas não vou estragar o final a ninguém!
Ok, ignorância é felicidade, podem crer no que quiserem, eu já vi esse filme, podia fazer um resumo dos próximos capítulos, mas não vou estragar o final a ninguém!
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Inconveniente nº 16
Das Paredes que têm Ouvidos
É sempre agradável, quando finda uma ligação amorosa, o melhor amigo do nosso ex nos tenta engatar. No entanto, levanta-se uma questão: será que está mesmo interessado, ou será que é apenas mais uma estratégia do ex para saber se estamos com alguém ou não? Como é que funciona mesmo o código masculino nestes casos?
É que é sempre produtivo (do ponto de vista do nosso ego) fazermos chegar ao ouvido do nosso ex que arranjámos um homem muito melhor que ele e estamos felizes da vida. O problema é: e se por enquanto, o nosso elo com "o homem" só existe um plano transcendente, qual é a táctica que se escolhe? Ficamos caladas e afirmamos que estamos solteiras ou damos a entender que existe um ele, correndo o risco de não acontecer nada e parecermos umas coitadinhas que nem uma noite de sexo conseguem arranjar? Decisions, decisions..
É sempre agradável, quando finda uma ligação amorosa, o melhor amigo do nosso ex nos tenta engatar. No entanto, levanta-se uma questão: será que está mesmo interessado, ou será que é apenas mais uma estratégia do ex para saber se estamos com alguém ou não? Como é que funciona mesmo o código masculino nestes casos?
É que é sempre produtivo (do ponto de vista do nosso ego) fazermos chegar ao ouvido do nosso ex que arranjámos um homem muito melhor que ele e estamos felizes da vida. O problema é: e se por enquanto, o nosso elo com "o homem" só existe um plano transcendente, qual é a táctica que se escolhe? Ficamos caladas e afirmamos que estamos solteiras ou damos a entender que existe um ele, correndo o risco de não acontecer nada e parecermos umas coitadinhas que nem uma noite de sexo conseguem arranjar? Decisions, decisions..
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